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| Os autores se preparando pras críticas (só espero que o escudo seja forte). |
Hey, pessoal! Aqui é a Chii! O assunto é Primeiro Capítulo. Então, vamos nessa!
Todos ficam confusos sobre o primeiro capítulo. Como escrever para não desapontar os meus leitores? A tia Chii também não sabe muito bem como explicar isso pra vocês porque isso vai de autor para autor, então eu vou dar apenas algumas dicas, okay? Dito isso sigamos em frente.
Dicas sobre o Primeiro Capítulo
1. Nunca comece com uma apresentação da personagem
Seja narrada por um narrador personagem ou um narrador onisciente, nunca comece com sua personagem apresentando-se, por exemplo: "Meu nome é Sofia, tenho 17 anos..." E por aí segue. E ainda tem aquelas do: "Ah quase ia me esquecendo, meu nome é...", "Esqueci de me apresentar, meu nome é..." Isso faz parecer que o personagem sabe da existência do leitor, ou seja, está fora de cogitação fazê-lo,a menos que essa seja sua intenção, é claro. E isso mostra sinais de que você é um pouco novato/amador, caso não seja sua intenção.
"Então como devo começar?!"
Comece normalmente e de acordo com o ritmo, os leitores irão descobrir sobre sua personagem. Deixe-me dar um exemplo.
"A menina ficou na frente de todos, estava nervosa, preocupada com o que diria. Respirou fundo, escolheu bem suas palavras e apresentou-se.
— Meu nome é Sofia Montes, tenho 17 anos, prazer em conhecê-los.
Todos apenas concordaram e Sofia dirigiu-se a sua cadeira."
Simples, não? E caso seja em primeira pessoa, a coisa se torna mais fácil. Porém, eu recomendo uma narração em terceira pessoa, ou seja, narrador onisciente. Porque ele sabe o que os personagens sentem e é as melhores forma de descrever melhor a paisagem, os personagens e também fica algo mais dinâmico, pois o leitor não se sabe o que se passa na mente do personagem e tentará adivinhar o que eles estão pensando.
"Ah, mas essa forma de apresentação ficou meio chata..."
Então, se você for narrar em terceira pessoa, você pode apenas citar o nome da sua personagem principal normalmente, afinal, o leitor onisciente sabe de tudo, correto? Por exemplo:
"Sofia se dirigiu até a cozinha, abriu a geladeira, tirou a maçã com melhor aparência e fechou a geladeira. Deu uma mordida na maçã e retirou-se do recinto, indo de volta para o seu quarto."
Mas ainda assim, dependendo do contexto, há várias outras formas, seja em primeira ou terceira pessoa. Por exemplo:
"Olhei aquele meu diário antigo, há tempos não havia sequer tocado nele. O abri e senti a nostalgia. Em minha letra feia de antigamente, estava escrito: 'NÃO ABRA, O QUE TEM ESCRITO AQUI É SEGREDINHO! - Sofia'. Sorriu e começou a folheá-lo."
Ou até mesmo assim:
"Estava acostumada com aquela vida entediante que levava, o cotidiano repetitivo de ir à escola, voltar pra casa, comer, mexer no computador e ir dormir. Essa era a vida de Sofia Montes. Ela está no terceiro ano do ensino médio e com dezessete anos de puro tédio que ela deseja que estejam prestes a acabar."
Conclusão do tópico: Usem a imaginação, pessoal ;D.
2. Descreva bem o ambiente
Quando eu digo descrever bem o ambiente, não é pra fazer assim: "As flores de cerejeira, que são do gênero Prunus, do subgênero Ceranus, caíram ao chão na velocidade 1.25 do YouTube, chegando ao chão em 2 segundos enquanto os carros passavam pela estrada na velocidade 1.5". É apenas para detalhar um pouco a fanfic. Deixar suficiente para que o leitor consiga imaginá-lo. Por exemplo:
"As flores de cerejeiras caíam ao chão enquanto a garota de longos cabelos prateados olhava-as encantada com tanta beleza. Alguém parou ao seu lado. Um homem de cabelos negros e olhos verdes eletrizantes. No rosto da moça uma expressão confusa se fez presente, não o conhecia, mas ele tinha um grande sorriso nos lábios."
Não, jovem, não é bem assim. Saber o nome não é saber quem é, porém não é disso que estou falando. Você tem que deixar explícito ao leitor como é o seu personagem, a personalidade dele. Como ele age perante as dificuldades que você põe na frente dele. Qual o tipo de pessoa que ele é? Calma, estressada, risonha, séria, brincalhona, focada, depressiva, idiota, louca, bonita, feia... E assim vai. Abusar de adjetivos não faz mal, agora nada de vir com um parágrafo assim:
"Sofia era uma menina linda, calma, risonha, focada, idiota, louca, brincalhona, e às vezes depressiva, estressada e cabisbaixa. É alta demais, parece uma torre Eiffel no meio das pessoas, mas seu coração é feito coração de mãe: sempre cabe mais um. Tem uma grande cabeleira ruiva, literalmente de cor cobre, e seus olhos azuis são dois oceanos belíssimos."
O leitor vai ficar meio que: "PARA! MUNDO PARA QUE EU QUERO DESCER!". Colocar muitos adjetivos juntos não dá muito certo. O pobre leitor vai ficar com a cabeça cheia, além de ter que ficar separando o parágrafo por partes pra tentar imaginar esse ser.
Conclusão do tópico: NÃO PONHA MUITOS ADJETIVOS JUNTOS.
4. Mete diálogo nisso aí
O melhor jeito de desenvolver a história e também mostrar pro mundo quem é seu personagem, as conversações são a melhor forma que você pode ter pra fazer o leitor dizer: "Eu conheço esse personagem. Ele é assim e assado, ele gosta disso, fala com gírias, reage assim perante essa situação..." Deu pra entender, mais ou menos?
E, para quem vai escrever Prólogo (sim, não é prolongo, nem pronologo, nem pronolongo), pode ser um ótimo caminho a se seguir ou até mesmo para o primeiro capítulo. Se não tiver confiança de descrever o lugar completamente antes de começar a fazer os personagens conversarem. Apenas comece o diálogo e descreva de forma mais leve depois.
"— Acorda, cara. — disse Vitor, balançando-o.
— Hã? Ah — tirou a baba que estava em sua boca. — O que houve? — perguntou desorientado.
— Tu dormiu as três últimas aulas todinhas, cara. — João ficou pálido, havia perdido assunto. — Vamo, levanta. Tô aqui te chamando faz meia hora.
João ainda estava sonolento, mas assentiu. Ajuntou os materiais, os colocou na bolsa e pôs uma das alças da bolsa no ombro. Vitor riu da sua cara de sono e deixou o amigo se apoiar em si para que ele não cambaleasse e metesse a cabeça nas paredes brancas rabiscadas de caneta."
Pronto, nem precisou descrever a sala de aula completamente, mas, ainda assim, você deu uma característica: as paredes. Mas, contando com o fato de que este não seja o último dia de aula, o seu personagem é um aluno e mais tarde, de um jeito ou de outro, você terá que descrever, então pense melhor em como você deseja o ambiente e descreva-o de uma forma que o leitor consiga imaginá-lo, beleza?
Conclusão do tópico: Use e abuse do diálogo! :D
1. Após as frases dos seus personagens, caso ele chegue a cometer alguma ação após ela, descreva-a logo depois da fala para ficar mais realístico e o leitor pegar a ideia de primeira, assim como eu fiz na mini-estorinha do João e do Vitor. Fica mais fácil de imaginar a cena ;3
2. Mude o estilo de fala dos seus personagens dependendo da idade! Por exemplo, Vitor disse: "Tu dormiu" e "Vamo". Todo mundo sabe que isso está errado, mas é a forma que algumas pessoas falam, obviamente os adolescentes/mais jovens. Agora, tenta fazer uma velhinha culta do século 18 falar assim: "Eai, cambada, como que tá vocês?" Não vai dar muito certo, em...
Se for uma senhora ou um senhor: "— Ana, ficasse sabendo? Há rumores de que Seu Chico está moribundo*." *Moribundo é alguém que está prestes a morrer.
Uma velhinha: "— Oh, meu filho, diga-me o há de errado. Continuo sem entender nada do que falas."
Uma criança: "— Manhê!!! Esqueci a toalha, pega aí pra mim?"
Um adulto durante o trabalho: "— Bom dia, poderia, por favor, deixar os papéis em minha mesa? Logo resolverei esse problema."
Uma pessoa do interior: "Oxente, mas que ideia de jerico é essa, meu fi? Tu tai doido, é, cumpade?"
Deu pra entender? xD
3. Você pode usar e abusar das gírias, mas nada de colocar muito inglês, certo? Nem todo mundo é bom nessa língua ou teve a oportunidade de estudá-la, ou seja, paciência, né? Ninguém gosta de ir de dois em dois segundos no Google Tradutor.
4. Tenha certeza de que você está escrevendo sobre o que gosta e da forma que deseja. Se sim, seja feliz! Se não, procure uma forma de se expressar melhor ou, se você não tem confiança nesse assunto, PULE-O. Deixe para escrever sobre isso quando estiver confiança que sabe do que está falando. Pesquise, tente escrever e quando você olhar e disser: "Tá legal!", aí... Vai fundo e seja feliz :D
E aí, ajudei? Espero que sim. Bem, caso ainda tenha alguma dúvida sobre assunto, mande um e-mail para murasakichiharu@gmail.com que eu vou te responder o mais rápido possível! Não há perigo de eu não responder porque eu olho meu Gmail umas três vezes por dia, ou seja, não se contenham e mandem <3.
Beijinhos de luz,
Chii
E, para quem vai escrever Prólogo (sim, não é prolongo, nem pronologo, nem pronolongo), pode ser um ótimo caminho a se seguir ou até mesmo para o primeiro capítulo. Se não tiver confiança de descrever o lugar completamente antes de começar a fazer os personagens conversarem. Apenas comece o diálogo e descreva de forma mais leve depois.
"— Acorda, cara. — disse Vitor, balançando-o.
— Hã? Ah — tirou a baba que estava em sua boca. — O que houve? — perguntou desorientado.
— Tu dormiu as três últimas aulas todinhas, cara. — João ficou pálido, havia perdido assunto. — Vamo, levanta. Tô aqui te chamando faz meia hora.
João ainda estava sonolento, mas assentiu. Ajuntou os materiais, os colocou na bolsa e pôs uma das alças da bolsa no ombro. Vitor riu da sua cara de sono e deixou o amigo se apoiar em si para que ele não cambaleasse e metesse a cabeça nas paredes brancas rabiscadas de caneta."
Pronto, nem precisou descrever a sala de aula completamente, mas, ainda assim, você deu uma característica: as paredes. Mas, contando com o fato de que este não seja o último dia de aula, o seu personagem é um aluno e mais tarde, de um jeito ou de outro, você terá que descrever, então pense melhor em como você deseja o ambiente e descreva-o de uma forma que o leitor consiga imaginá-lo, beleza?
Conclusão do tópico: Use e abuse do diálogo! :D
Dicas de ouro:
1. Após as frases dos seus personagens, caso ele chegue a cometer alguma ação após ela, descreva-a logo depois da fala para ficar mais realístico e o leitor pegar a ideia de primeira, assim como eu fiz na mini-estorinha do João e do Vitor. Fica mais fácil de imaginar a cena ;3
2. Mude o estilo de fala dos seus personagens dependendo da idade! Por exemplo, Vitor disse: "Tu dormiu" e "Vamo". Todo mundo sabe que isso está errado, mas é a forma que algumas pessoas falam, obviamente os adolescentes/mais jovens. Agora, tenta fazer uma velhinha culta do século 18 falar assim: "Eai, cambada, como que tá vocês?" Não vai dar muito certo, em...
Se for uma senhora ou um senhor: "— Ana, ficasse sabendo? Há rumores de que Seu Chico está moribundo*." *Moribundo é alguém que está prestes a morrer.
Uma velhinha: "— Oh, meu filho, diga-me o há de errado. Continuo sem entender nada do que falas."
Uma criança: "— Manhê!!! Esqueci a toalha, pega aí pra mim?"
Um adulto durante o trabalho: "— Bom dia, poderia, por favor, deixar os papéis em minha mesa? Logo resolverei esse problema."
Uma pessoa do interior: "Oxente, mas que ideia de jerico é essa, meu fi? Tu tai doido, é, cumpade?"
Deu pra entender? xD
3. Você pode usar e abusar das gírias, mas nada de colocar muito inglês, certo? Nem todo mundo é bom nessa língua ou teve a oportunidade de estudá-la, ou seja, paciência, né? Ninguém gosta de ir de dois em dois segundos no Google Tradutor.
4. Tenha certeza de que você está escrevendo sobre o que gosta e da forma que deseja. Se sim, seja feliz! Se não, procure uma forma de se expressar melhor ou, se você não tem confiança nesse assunto, PULE-O. Deixe para escrever sobre isso quando estiver confiança que sabe do que está falando. Pesquise, tente escrever e quando você olhar e disser: "Tá legal!", aí... Vai fundo e seja feliz :D
É isso aí, pessoal!
E aí, ajudei? Espero que sim. Bem, caso ainda tenha alguma dúvida sobre assunto, mande um e-mail para murasakichiharu@gmail.com que eu vou te responder o mais rápido possível! Não há perigo de eu não responder porque eu olho meu Gmail umas três vezes por dia, ou seja, não se contenham e mandem <3.
Beijinhos de luz,
Chii
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